No contexto do RCAAP, consideram-se dados de investigação científica “todos e quaisquer dados de investigação que sejam produto direto ou indireto do processo de investigação científica e por isso necessários para a validação de resultados científicos”.
Segundo esta concordata os dados de investigação são definidos como as evidências que sustentam a resposta à pergunta de investigação e podem ser usados para validar os resultados, independentemente de sua forma (por exemplo: impressa, digital ou física).
Os dados de investigação podem ser de natureza quantitativa ou qualitativa e podem ser recolhidos pelos investigadores no decorrer do seu trabalho através de diversas formas, como por exemplo: experimentação, observação, modelagem, entrevista, etc., ou resultar de evidências existentes.
Os dados podem ser brutos ou primários, obtidos diretamente de medições ou entrevistas áudio/vídeo sem edição ou secundários, resultantes da interpretação dos dados primários.
Mais informações aqui.
A Gestão de Dados de Investigação é um termo que integra a forma como os dados de investigação são organizados, estruturados, armazenados e protegidos durante o decorrer de um projeto de investigação e após o seu término.
Sim, uma vez que fornecer informação incorreta impede a localização da fonte, pelo que não será possível atribuir os devidos créditos ao autor original.
Apesar de nem todas as instituições de ensino académico possuirem regulamentos específicos, existe em todas sem exceção, a preocupação da integridade. Para além disso, e em termos gerais, as más práticas são mal vistas entre os pares e na comunidade científica, correspondendo muitas vezes a situações de descrédito do trabalho realizado e, por inerência, do seu autor.
A norma para a referenciação bibliográfica depende do contexto no qual o trabalho irá ser divulgado; caso de trate de um artigo a publicar numa revista científica, é conveniente conhecer a norma preconizada pelo editor; no caso de trabalhos académicos, poderá depender da área de conhecimento, pelo que o contacto com o orientador ou professor da unidade curricular poder ser vantajoso. Em qualquer caso, adotada uma norma, a consistência na sua utilização é fundamental.
Sim, existem. O objetivo, a autoridade, a cobertura, a objetividade, a fiabilidade/veracidade/exatidão e a atualidade são critérios aplicáveis a ambos os tipos de informação.
A premissa essencial é saber exatamente a informação que se procura. De seguida, deve-se identificar a pertinência da leitura para o tema, lendo o resumo ou o índice do trabalho.
Escrever bem, em contexto científico, significa ser preciso, claro e pertinente. A escrita deve ser fluente, direta, simples, formal, organizada e relevante.
A Ciência é uma construção que utiliza informação de qualidade devidamente validada. A avaliação da informação permite comprovar a sua veracidade e a adequação ao objeto de estudo.
Os valores essenciais da integridade académica incluem a exatião, a honestidade, a justica; a responsabilidade e o respeito.
As principais características da escrita científica são a clareza, a precisão e a estrutura lógica.
O texto científico é intertextual, pelo que citar outros autores releva adequação a esta premissa, demonstrando que se teve em consideração, para afirmar ou infirmar, as ideias de outros; assim, trata-se de um enriquecimento da produção científica que para além do mais evita a repetição desnecessária.
Tomar notas é essenicial quando se lê criticamente um texto porque permite a análise e utilização posterior do seu conteúdo.
Os nove critérios essenciais aos quais se deve dar particular atenção são autoria ou autoridade, validade ou atualidade, finalidade ou objetivo, rigor, consistência, objetividade, desenho, relevância, suficiência.
Para escrever com sucesso devem seguir-se as seguintes etapas: ler; planear; escrever e reescrever; rever; obter feedback.
Deve-se refletir sobre a mensagem que se pretende transmitir, construir através de frases claras e simples as premissas da ideia a defender e, a parir dessas premissas, elaborar conclusões e demonstrar quais as evidências de base.
A Biblioteca do Iscte possui um conjunto muito vasto de recursos, quer em formato impresso quer em formato eletrónico, pesquisáveis a partir do seu Catálogo, do Repositório Iscte e de outros recursos. Possui também bases de dados de informação científica acessíveis através da rede Iscte (ou VPN).
Não, para que a informação seja considerada científica o seu processo de criação tem de ser baseado no método científico, bem como ser sistematizada e disseminada dando origem a nova informação com características semelhantes.