- Início
- Introdução
- O que é?
- Como pode ser concretizado?
- Quais as vantagens do Acesso Aberto?
- Acesso Aberto e direitos de autor
- O caso do Iscte
- Mais informação

Este guia pretende disponibilizar informação sobre o Acesso Aberto à produção científica. Pretende dotar os interessados de conhecimentos sobre o conceito e evolução do Acesso Aberto, de que forma pode ser concretizado e quais os seus benefícios para os investigadores, para a instituição e para a sociedade em geral.
Introdução
O que é?
O que é o Acesso Aberto? Acesso Aberto em Portugal Políticas de Acesso Aberto de PortugalComo pode ser concretizado?
Acesso Aberto Verde e Dourado APC – Article Processing ChargeQuais as vantagens do Acesso Aberto?
Acesso Aberto e direitos de autor
O caso do Iscte
Repositório do Iscte Integração na rede RCAAP Política de Acesso Aberto Declaração de depósito210 464 052 ext 295218 | 295219

Na atualidade, o Acesso Aberto em Portugal, atingiu níveis de maturidade razoáveis, fruto do trabalho que tem sido desenvolvido no âmbito de projetos nacionais, como o RCAAP, e internacionais, como o OpenAIRE, proporcionando aos investigadores e instituições as condições necessárias, quer ao nível das políticas de Acesso Aberto, quer ao nível das infraestruturas, para o cumprimento dos requisitos definidos pelas instituições e financiadores de ciência.
Esta definição tem por base:
- Declaração de Budapeste de 2002, altura em que o conceito open access ficou conhecido
- Declaração de Bethesda, de junho de 2003
- Declaração de Berlim de outubro de 2003
Em termos de infraestrutura, o surgimento, em 2008, do projeto Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal, conhecido por RCAAP, marcou o início de uma nova dinâmica do movimento do Acesso Aberto em Portugal. Promoveu o crescimento de repositórios institucionais (que cresceu de 10 em 2008 para 52 em 2018) apoiado por um conjunto de serviços disponibilizados para as instituições e comunidade académica e por uma forte atividade de comunicação e disseminação.
Também nas revistas científicas nacionais se sentiram alterações. Passaram a beneficiar do Serviço de Alojamento de Revistas Científicas, gerido pelo RCAAP, e, no âmbito do projeto Blimunda, integraram o Sherpa Romeo, uma base de dados internacional de políticas de auto-arquivo de editoras e revistas científicas, relativas ao depósito em repositórios (institucionais, temáticos, etc…).
Em termos políticos, a primeira política institucional de auto-arquivo nacional surgiu em 2004 na sequência da implementação do repositório institucional da Universidade do Minho. Mas foi a partir de 2006, que se notou uma grande proliferação de políticas de Acesso Aberto no mundo, muitas delas de carácter obrigatório, quer a nível institucional quer a nível dos financiadores de ciência. Se visitarem o ROARMAP terão acesso ao registo de políticas e mandatos de Acesso Aberto de todo o mundo.
Das 26 políticas de Acesso Aberto de Portugal, registadas no ROARMAP, destacamos a Política de Acesso Aberto do Instituto Universitário de Lisboa aprovada por despacho em 2015 e a Política de Acesso Aberto da Fundação para a Ciência e a Tecnologia com entrada em vigor a 5 de maio de 2014, ambas de caráter obrigatório.
- Via verde ou Green Open Access, corresponde à disponibilização da produção científica em repositórios em Acesso Aberto, institucionais ou temáticos.
- Via dourada ou Gold Open Access, significa a publicação de resultados científicos em revistas em Acesso Aberto ou revistas híbridas (são revistas que cobram taxas de publicação, designados por Article Processing Charges - APC, para a disponibilização em acesso aberto).
Estes custos são designados por APC – Article Processing Charge, ou seja, são revistas acessíveis através de subscrição (revistas com acesso restrito) mas com a opção de disponibilização dos artigos em acesso aberto mediante o pagamento destes custos.
Estes custos podem ser elegíveis para reembolso dependendo das políticas do financiador de ciência.
Se beneficiar de financiamento público deve considerar não só as políticas de acesso aberto destes financiadores como as políticas de auto-arquivo das editoras onde publica.
Na política de arquivo em acesso aberto da revista, os períodos de embargo devem permitir cumprir com os requisitos das políticas de acesso aberto dos financiadores.
Para isso é útil consultar a base de dados das políticas de arquivo em acesso aberto das editoras e revistas através do Sherpa Romeo.
A adesão ao Plano S tornará acessíveis a toda a comunidade científica os resultados da atividade científica, permitindo que o investimento feito pela FCT contribua para a aceleração do conhecimento.
Esta adesão é particularmente significativa no contexto da Presidência Portuguesa do Conselho da União Europeia, dado que as principais prioridades na área da investigação e desenvolvimento serão:
1) relação entre ciência, emprego e resiliência;
2) investigação aberta e colaborativa;
3) valorização das carreiras de investigação.
Este último ponto inclui uma revisão do Código de Conduta orientado para acolher as práticas europeias de desenvolvimento das carreiras de investigação, com recomendações claras de princípios de Ciência Aberta.
No contexto da atividade da FCT, o acesso aberto previsto pelo Plano S pode ser cumprido por três vias:
·Publicação em revistas ou plataformas em acesso aberto
·Disponibilização imediata em repositórios de acesso aberto
·Publicação em acesso aberto ao abrigo de acordos transformativos
Com esta adesão, a FCT reforça o percurso, iniciado em 2014, com o lançamento da sua Política sobre Acesso Aberto de apoio à transição para a Ciência Aberta. Ao longo de 2021, a FCT irá trabalhar para assegurar a implementação do Plano S a partir de 1 de janeiro de 2022.
Mais informação.
O Acesso Aberto apresenta as seguintes vantagens:
- Promove e acelera o progresso da investigação e da ciência
- Aumenta a visibilidade, o acesso, a utilização e o impacto dos resultados de investigação
- Melhora a monitorização, avaliação e gestão da atividade científica, tornando mais transparente o sistema de comunicação científica
- Facilita a inovação e maximiza o impacto e o retorno social e económico
- Torna os resultados da investigação acessíveis a cidadãos e organizações, principalmente a investigação financiada por programas públicos
Sendo assim, o que são licenças Creative Commons e como podem ser usadas?
As licenças Creative Commons são licenças que se usam em todo o mundo, de forma normalizada, gratuita e simples, com o objetivo de aligeirar os termos dos direitos de autor, passando de todos os direitos reservados para alguns direitos reservados.
A atribuição ao autor original do trabalho tem de ser sempre realizada, mas este pode definir em que termos pretende fazer a partilha, a reutilização e o uso comercial do trabalho. Para além dos direitos morais, não se aplicam a outros direitos de propriedade intelectual, como por exemplo marcas e patentes e a direitos de personalidade.
Tem como principais objetivos:
- Aumentar o impacto e a visibilidade dos resultados da investigação desenvolvida apoiando assim a internacionalização do Iscte
- Aumentar a visibilidade do Iscte e dos que nele trabalham, servindo como indicador tangível da qualidade e da relevância científica e social das suas atividades de investigação e ensino
- Contribuir para a melhoria da comunicação interna
- Preservar a memória intelectual do Iscte, evitando a sua dispersão
Neste sentido, todas as publicações sujeitas a revisão por pares ou a outros processos de revisão ou validação científica passaram a ser de depósito obrigatório pelos autores, em versão final ou pós-print no Repositório do Iscte.
ISCTE-Instituto Universitário de Lisboa

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